Olá addicteds,

Russell Davies, um dos maiores planejadores do mundo, da Open Inteligence Agencie, colocou na internet um site chamado Plannersphere, que é um wiki, um banco de dados de planejamento de comunicação e agora fala sobre Games:

Qual você acha que é o meio mais bem sucedido dos últimos 20 anos?

As revistas foram bem, as banquinhas estão lotadas delas, com títulos cada vez mais segmentados. A TV sem dúvida está tendo uma época de ouro criativa [NT: no exterior], se não comercialmente, e a internet parece estar se consolidando entre os jovens.

Mas eu acho que o vencedor tem que ser os games (video games, jogos de computador, chame do jeito que quiser), porque eles vieram do nada e criaram uma indústria colossal em um período incrivelmente curto. E pense sobre o sucesso deles. Eles nos fazem comprar caixas bem carinhas para colocar em nossas casas, ou então carregar por aí conosco, e ainda temos que fazer upgrade delas com freqüência. E algumas vezes temos que pagar por uma assinatura para poder jogar o que compramos. É como se eles pegassem um pouquinho de cada modelo de geração de receita que cada meio jamais criado utiliza(ou). E mesmo assim a gente paga porque eles criaram algo paralisante e hipnótico.

Eu acho que as indústrias da mídia e da propaganda têm muito a aprender com indústria dos games, porque eles sabem como criar algo com que as pessoas querem passar seu os tempo, jogando, interagindo, aprendendo. E nós temos que aprender isso ou morrer, porque todos sabemos como a interrupção está se tornando cara.

A melhor coisa que nós poderíamos aprender é como ser misterioso e colocar as pessoas num estado de fluxo; aquela sensação quase hipnótica na qual você se joga através cada novo quebra cabeça e desafio do game.

Nós não conseguiríamos fazer esse fluxo nem se nossas vidas dependessem disso, nós berramos tudo em trinta segundos e ficamos repetindo até que as pessoas se submetam à nossa vontade. E para garantir que estamos entregando a mensagem certa criamos o fetiche da claridade, de maneira que também não possamos fazer mistério. A maioria dos anúncios é claro como vidro super-polido, e tão interessante quanto. É como se todo anúncio, pode crer, tivesse o hábito irritante de adolescentes, pode crer, de pedir confirmação de que você, pode crer, entendeu, de 5 em 5 segundos, manja? Isto, para mim, é parte da genialidade por trás do famoso e confuso comercial do gorila da Cadbury; ele não liga todos os pontos, ele faz você pensar, é uma ratoeira armada. (Ele me faz pensar porque eles pegaram um gorila tão convincente para fazer um som tão não convincente). Nós lutamos por claridade em um telegrama, mas deveríamos buscar envolvimento e engagement com um anúncio, e as coisas que nos motivam frequentemente são complexas, quebra cabeças.

Ninguém nunca saiu do cinema dizendo: “Eu realmente gostei do filme, ele foi muito claro”.